sexta-feira, 2 de outubro de 2009

dia e Dia


Dia parando

Dia esperando

Dia esperando e parando

Na verdade dia cansando, esperando e parando


Dia normal

Dia legal

Dia legal e normal

Na verdade genial, legal e normal


Dia negro

Dia escuro

Dia escuro e negro

Na verdade nebuloso, escuro e negro


Dia claro

Dia luz

Dia luz e claro

Na verdade dia iluminado, luz e claro


Assim são os dia

De tanto serem passados

Agitados calmos às vezes turbados

Viram dia e Dia



Autor: Abnael Martins

violetas da varanda


Acordo. Da sacada da minha casa olho as violetas da varanda. Lá em baixo, tão pequenas, tão miúdas. Forço a vista um pouco, um pouquinho mais, eis que as vejo. Belas, majestosas. Flores pequenas, flores brotando, flores se abrindo. Eu, eu sim, eu estou vendo-as! Enquanto vejo, um pensamento terrível passa pela minha cabeça. Sim, um pensamento que penso ser meu.

“Venha! Estou aqui! Olhe um pouquinho para a sua direita! Preciso de você! Não tenho o que comer, não tenho o que vestir, não tenho aonde ir, não tenho onde morar!”

Fico assustado! O que será?! Aonde?! Quem?! Viro-me, olho! Mais um pouco! De novo! Vejo! Um pontinho pequeno, bem pequeno, pequenino, marrom, longe, longe, mas nem tão longe! Forço a vista! Enxergo! Crianças! Muitas, bastante! Sujas, magras, aglomeradas! Olho mais um pouco – atento, atentamente! Sim! São crianças! Brincando descontente! Fingindo ser alegre, fingindo ser gente!

Que devo eu fazer?! Penso! Logo o pensamento turba-me! Alvoroça-me! Dor no coração – mas não uma dor dessas que o médico pode diagnosticar – uma dor profunda! Acho que na alma! Descer, ir de encontro a elas, pegá-las pelas mãos, abraçá-las, cuidá-las, levá-las para a casa! Não! Não posso! Não tenho coragem! Não tenho forças!

Resguardo-me! Acautelo-me! De repente! Outro pensamento me corre a mente! Forte! Voraz! Fortemente! De novo! Baixinho, “tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber, estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me”. Reconheci! Era a voz! Mas não qualquer voz! Era a voz do meu Senhor!

Ah! Quão covarde! Ah! Quão covarde e miserável homem eu sou! Chorei! As lágrimas molharam meu rosto! Banharam! Bastante! Muita! Constante! Mas não pude fazer o que queria meu coração! Faltou coragem! Ousadia! Força! Determinação! Ah! Quão covarde! Ah! Quão covarde e miserável homem eu sou!

Deito. Logo durmo.

Autor: Abnael Martins

u'eu

Eu

Eu sou

Eu sou o

Eu sou o que

Eu sou o que sou

Eu sou o que sou e

Eu sou o que sou e não

Eu sou o que sou e não aquilo

Eu sou o que sou e não aquilo que

Eu sou o que sou e não aquilo que querem

Eu sou o que sou e não aquilo que querem que

Eu sou o que sou e não aquilo que querem que eu

Eu sou o que sou e não aquilo que querem que eu seja

simplesmente eu – complexo, desconexo – simplesmente eu

Autor: Abnael Martins

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quer trocar o anjo?

Nossa! Quanta barbaridade! Não dá para acreditar! Mentira! Tudo Mentira! Mas por que isto vem ocorrendo nos dias de hoje? O que está acontecendo?
Estou indignado, isso mesmo, i-n-d-i-g-n-a-d-o! Com o que? Com certa denominação evangélica que tem um programa de TV, exibido sistematicamente todos os dias às 13:15, na TV Record e Rede TV. Hoje o assunto foi: A troca do anjo! Sim, isso mesmo que você acabou de ler. Estão querendo dizer a Deus quando o anjo deve ser trocado! Se você está achando que é uma piada ou uma brincadeira de mau gosto está enganado, é verdade!
Reflita comigo: Realizar uma reunião, que teoricamente seria um culto a Deus, para realizar uma campanha de troca do anjo. Isso é um absurdo! Mas, vamos aos fatos.
A idéia que essa denominação tem, diz ter fundamento bíblico. Agora, vejamos se realmente existe na Bíblia fundamento para tal coisa:
Textos base usado para tal argumento:
“Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.” (Sl:91:10-11)
Todo texto, para melhor ser compreendido precisa ser analisado em seu contexto. Em Salmos 91, a mensagem central é de confiança plena e absoluta em Deus! A consequência dessa confiança é esperar e entregar-se a Deus. Ele é bom e a qualquer momento pode intervir. Porém, para esperar em Deus é preciso andar segundo a sua Palavra (v. 4c “a sua verdade será o teu escudo e broquel”). Por que o v. 14 diz “pois que tão encarecidamente me amou” ? A palavra “pois” é uma conjunção coordenada explicativa, ela insere a explicação que vem logo em seguida, “que tão encarecidamente me amou”, é a explicação: Deus o livraria. A passagem deixa bem claro que o salmista não foi livrado, mas teria um livramento. Observamos isso pelo verbo “livrarei”, que está no futuro do presente, indicando uma ação que ainda iria acontecer, Deus iria livrá-lo, v. 14b “eu o livrarei”. Deus permitiu as aflições e através delas o escritor do sagrado texto se achegou mais a Ele.
Em momento algum, o texto passa ao leitor a informação de um anjo que estava fraco e por tanto precisava ser trocado. Mas sim, que houve a permissão de Deus para que o salmista passasse por uma aflição, pois havia um propósito maior! Não existe qualquer base Bíblica para fazer o que estão fazendo, distorcendo a Escritura e forçando uma interpretação que na verdade não existe, é uma heresia. O pior é que tem gente que acredita piamente no que dizem! Vindo da Igreja Universal do Reino de Deus esperasse é de se esperar!
Veja, agora neste trecho, a advertência do apostolo Paulo aos colossenses, 2:18: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos ...estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. Nem vou entrar no mérito da passagem. Deixo que você, caro leitor, reflita: Estaria o apostolo escrevendo sem motivos ou havia um motivo real? Assemelha-se com o que estão fazendo hoje? Ah! Como é completa, boa e atual a Palavra de Deus!
Sem muito esforço vemos cumprir a Palavra: “o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”, 1º Timóteo:4:1.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência!
Maranata! Vem Senhor!